23 de junho de 2006

 

Gregório de Matos Guerra em Castelo Branco?


No antigo convento de S. António dos Capuchos em Castelo Branco, actualmente estabelecimento prisional, podem admirar-se algumas inscrições portuguesas como a que a foto documenta. A maioria são inscrições funerárias.
Por curiosidade decidi dar a conhecer esta pelo aspecto enigmático que sempre teve, ou seja era de fácil leitura, mas quando se chegava à interpretação já era outra a música. Após alguns anos de busca surguiu-me quase sem esperar a chave para a interpretação da mesma. Trata-se, não de uma composição de epigrafia clássica, mas do mote de um poema de um poeta brasileiro do século XVII, Gregório de Mattos e Guerra, também conhecido como Boca de Inferno, denominado Ao gloriozo portuguez Santo António. Sabendo-se que nada foi publicado deste autor antes dos meados do século XVIII, como chegou este excerto da sua obra a Castelo Branco em 1719? Será que Gregório de Mattos esteve em Castelo Branco, quando residiu em Portugal entre1652 e 1679? Se não como aqui chegou o verso do Boca de Inferno ao Convento?

Bibliografia: Joaquim M. B. Santos, Acerca de uma inscrição do antigo convento de Santo António dos Capuchos (Castelo Branco), Estudos de Castelo Branco, Nova Série, 3, 2004, p. 65-68

Comments:
Também pode ter sido através da correspondência entre monges...nem sempre o facto de estar publicado implica o desconhecimento público da obra. Mesmo com o aparecimento da imprensa a cópia manuscrita de textos ou a sua transmissão oral mantiveram a sua importância.
 
(sic)...nem sempre o facto de não estar publicado implica o desconhecimento da obra.
 
A explicação parece-me muito mais simples, Gregório de Mattos e Guerra, estudou em Portugal, exerceu advocacia em Lisboa e é natural, nestas condições, que tenha contactado com alguém que terá sido a fonte de informação para o conteúdo epigráfico.


in:http://www.releituras.com/gmattos_menu.asp

Gregório de Mattos e Guerra


Soneto
que Bernardo Vieira mandou para seu irmão, Padre Antônio Vieira:


Se queres ver do mundo um novo mapa,
oitenta anos atende desta cepa
por onde ramos a cobiça trepa,
e emaranhada faz do tronco lapa.

Morde com dentes por não ter mais papa;
com língua fere, com as mãos decepa;
soldado e povo livra da carepa,
que na tarde e manhã raivoso rapa;

olhos de água, as faces de tulipa;
cada pé de joanete uma garlopa;
com um só corpo de chalupa.

O bofe muito, e muito pouco a tripa,
é a minha musa; porque nela topa
em apa, epa, ipa, opa, upa.


Resposta
do Padre Antônio Vieira, pelos mesmos consoantes:


Vê, Bernardo, da eternidade o mapa
deixa do velho Adão a geral cepa,
pelo lenho da cruz ao Empírio trepa,
começando em Belém da pobre lapa.

Mais que rei pode ser, e mais que papa,
quem de seu coração vícios decepa;
que a grenha de Sansão toda é carepa,
e a guadanha da morte tudo rapa.

A dor da vida se é na cor tulipa,
de seus anos também se faz garlopa,
que os corta, como o mar corta a chalupa.

Não há mister que o ferro corte a tripa,
se na parte vital o fado topa,
em apa, epa, ipa, opa, upa.


Soneto
Por consoantes que me deram forçados

Gregório de Mattos e Guerra, o "Boca do Inferno", entra na conversa:


Neste mundo é mais rico o que mais rapa;
quem mais limpo se faz, tem mais carepa;
com sua língua, ao nobre o vil decepa;
o velhaco maior sempre tem capa.

Mostra o patife da nobreza o mapa;
quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
quem menos falar pode, mais increpa;
quem dinheiro tiver, pode ser Papa.

A flor baixa se inculca por tulipa;
bengala hoje na mão, ontem garlopa;
mais isento se mostra o que mais chupa;

para a tropa do trapo vão a tripa,
e mais não digo; porque a Musa topa
em apa, em epa, em ipa, em opa, em upa.


Padre Antônio Vieira (1608-1697), jesuíta, natural de Lisboa, foi o maior orador sacro da língua portuguesa. Passou a maior parte de sua vida no Brasil, deixando 200 sermões e mais de 500 cartas.

Gregório de Mattos e Guerra (1633-1696) nasceu na Bahia, estudou humanidades e direito em Portugal ; advogou em Lisboa; aos 47 anos voltou ao Brasil. É considerado o primeiro escritor de humor e sátiras brasileiro. Aqui, ele mete o bedelho nos sonetos de Bernardo e Padre Antônio Vieira, mostrando sua genialidade.


Textos extraídos do livro "Humor, Humorismo e Paródias", antologia de poesias, versos e poemas famosos coletados por Idel Becker, Editora Brasiliense - Rio de Janeiro,1961, págs. 38, 39 e 41.
 
Continuando na mesma fonte...

Epigrama

Gregório de Mattos e Guerra


I

Juízo anatômico dos achaques que padecia o corpo da República em todos os membros, e inteira definição do que em todos os tempos é a Bahia.

Que falta nesta cidade?... Verdade.
Que mais por sua desonra?... Honra.
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.

O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha.

Quem a pôs neste rocrócio?... Negócio.
Quem causa tal perdição?... Ambição.
E no meio desta loucura?... Usura.

Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que perdeu
Negócio, ambição, usura.

Quais são seus doces objetos?... Pretos.
Tem outros bens mais maciços?... Mestiços.
Quais destes lhe são mais gratos?... Mulatos.

Dou ao Demo os insensatos,
Dou ao Demo o povo asnal,
Que estima por cabedal,
Pretos, mestiços, mulatos.

Quem faz os círios mesquinhos?... Meirinhos.
Quem faz as farinhas tardas?... Guardas.
Quem as tem nos aposentos?... Sargentos.

Os círios lá vem aos centos,
E a terra fica esfaimando,
Porque os vão atravessando
Meirinhos, guardas, sargentos.

E que justiça a resguarda?... Bastarda.
É grátis distribuída?... Vendida.
Que tem, que a todos assusta?... Injusta.

Valha-nos Deus, o que custa
O que El-Rei nos dá de graça.
Que anda a Justiça na praça
Bastarda, vendida, injusta.

Que vai pela clerezia?... Simonia.
E pelos membros da Igreja?... Inveja.
Cuidei que mais se lhe punha?... Unha

Sazonada caramunha,
Enfim, que na Santa Sé
O que mais se pratica é
Simonia, inveja e unha.

E nos frades há manqueiras?... Freiras.
Em que ocupam os serões?... Sermões.
Não se ocupam em disputas?... Putas.

Com palavras dissolutas
Me concluo na verdade,
Que as lidas todas de um frade
São freiras, sermões e putas.

O açúcar já acabou?... Baixou.
E o dinheiro se extinguiu?... Subiu.
Logo já convalesceu?... Morreu.

À Bahia aconteceu
O que a um doente acontece:
Cai na cama, e o mal cresce,
Baixou, subiu, morreu.

A Câmara não acode?... Não pode.
Pois não tem todo o poder?... Não quer.
É que o Governo a convence?... Não vence.

Quem haverá que tal pense,
Que uma câmara tão nobre,
Por ver-se mísera e pobre,
Não pode, não quer, não vence.



Gregório de Mattos e Guerra (1633/1696), o Boca do Inferno, nascido na Bahia, foi o primeiro de nossos satíricos, homem de língua destravada e fácil veia poética. Estudou humanidades em Portugal, tendo feito o curso de leis na Universidade de Coimbra. Na terra mãe foi juiz criminal e de órfãos. Voltou ao Brasil com 47 anos, sob a proteção do arcebispo da Bahia, D. Gaspar Barata. Tantas e tais fez que não só perdeu a proteção do prelado, como ainda foi degredado para Angola. Reabilitado, voltou ao Brasil, indo para Recife, onde conquistou simpatias e viveu com menos turbulência que na Bahia. É o patrono da cadeira n.º 16 da Academia Brasileira de Letras. Além de versos satíricos e humorísticos, escreveu poesias eróticas com a maior incontinência verbal.

Texto extraído de "Antologia de Humorismo e Sátira", organizada por R.Magalhães Júnior, Editora Civilização Brasileira - Rio de Janeiro, 1957, pág. 05.
 
in:http://www.arlindo-correia.com/161105.html

Gregorio de Mattos e Guerra

(1636 - 1695)


"Em 1682 regressa ao Brasil, depois de ter permanecido em Portugal 32 anos."




Gregório de Matos e Guerra foi um poeta brasileiro do sec. XVII, que deixou mais de 700 poesias, mas nenhuma viu publicada durante a sua vida. A sua poesia ficou espalhada por manuscritos variados, dispersos pelo mundo, até que foi publicada parcialmente no sec. XIX e depois no sec. XX.

O poeta nasceu em 1636, na Baía, no Brasil, sendo descendente de famílias prestigiadas e abastadas daquela cidade. Estudou ali no Colégio das Jesuítas. até que veio para Portugal em 1650, matriculando-se em 1652 na Universidade de Coimbra. Não deve ter sido muito feliz a passagem por esta cidade, como se vê lendo os seus versos “Adeus, Coimbra inimiga”.

Em 1661, conclui a sua formatura e vai para Lisboa, onde se casa no mesmo ano com Dona Michaela de Andrade. Não consta que tivesse filhos desta senhora, que veio a falecer em 1678. Em 1674, reconhece como sua uma filha natural, portanto, fora do casamento.

Desempenhou diversos cargos de nomeação oficial, próprios da sua formação como jurista. Em 1671 é Juiz do Cível em Lisboa: mais tarde serão publicadas algumas das suas sentenças pelo seu amigo Manuel Alvares Pegas (a este dedicará mais tarde três sonetos). Afinal, foram colegas em Coimbra onde Pegas se formou em 1658. Para além das três que são conhecidas e mencionadas no Brasil, descobri mais quatro, que publico neste site.

Em 1672, é nomeado Procurador da Bahia (Senado da Câmara) em Lisboa, cargo de que será destituído em 1674.

É provável que, já em Lisboa, o poeta tivesse começado a atacar tudo e todos a torto e a direito com os seus poemas satíricos. Em 1681, recebe as ordens menores como clérigo tonsurado, pretendendo talvez na altura ser ordenado padre, o que nunca veio a concretizar-se.

Em 1682 regressa ao Brasil, depois de ter permanecido em Portugal 32 anos.

A sua produção poética revela uma vida agitada, recheada de episódios burlescos e criando muitos inimigos. Em 1685, é denunciado à Inquisição, mas a queixa não vai por diante, possivelmente devido ao prestígio da sua família.

Algum tempo depois casa com Maria de Povoas, de quem tem um filho chamado Gonçalo.

Em 1692, o Governador da Bahia, D. João d’Alencastre, desterrou-o para Angola, para, segundo ele, o afastar dos que o que queriam assassinar. Em 1695, regressa ao Brasil e morre no mesmo ano no Recife.





BIOGRAFIAS



A primeira biografia do poeta é de 1882, da autoria de Manuel Pereira Rebello, em Obras poéticas de Gregório Mattos Guerra: precedidas da vida do poeta, 367 págs., Rio de Janeiro, (existe um exemplar na Biblioteca do Arquivo Regional de Ponta Delgada), está transcrita aqui.

Foi reescrita e publicada de novo em 1929.

No último volume (VI – Última) da edição dos poemas, em 1933, aparece, anónima, uma Vida do Grande Poeta Americano Gregório de Matos Guerra.

Outras biografias foram sendo publicadas, mas, nos últimos decénios, o Dr. Fernando da Rocha Peres, da Baía, tem-se dedicado à investigação da biografia do poeta, que divulgou em muitas publicações, todas com muito interesse.



OBRA



A primeira publicação de versos do poeta foi feita por Januário da Cunha Barbosa em 1831 (oito poemas) mas foi também o licenciado Pereira Rebello quem, em 1882, iniciou a publicação mais sistemática da obra do poeta, embora muito incompleta.

Nos anos 30 (1929 a 1933), a Academia Brasileira, publicou as poesias conhecidas em 6 volumes, em edição dirigida por Afrânio Peixoto, omitindo, porém, os poemas mais vulgares e licenciosos. Escreveu Afrânio Peixoto no prefácio do volume V (Satírica, 2.º volume) (1930) (existe em Lisboa, na Biblioteca Municipal de Belém):



“Quazi integral essa publicação, porque ficam excluídas algumas poesias licenciozas, tão cruas de obscenidade, que tivemos de fugir ao primeiro intento de as publicar. Não servem à glória do Poeta, pois não têm aquela virtuosidade ou estro, por exemplo, das composições semelhantes de Bocage. São, em calão erótico, apenas mau indício de uma corrompida e baixa sociedade colonial. Ficam nos Arquivos da Academia, para satisfação de alguma indiscreta curiozidade."



Em 1969, a Editora Record publica a Obra Poética de Gregório de Matos, numa edição ao cuidado de James Amado, mais completa que a da Academia Brasileira dos anos 30. Esta edição foi reeditada em dois volumes em 1990.



Em 1999, o Prof. Doutor Francisco Topa apresentou na Faculdade de Letras da Universidade do Porto uma tese de doutoramento com uma edição crítica (referências) da obra poética de Gregório de Matos e Guerra e ainda uma edição crítica completa dos sonetos, que se encontra na Internet:



Edição Crítica da Obra Poética de Gregório de Matos



Volume I, Tomo I: Introdução; Recensio (1.ª parte)

http://web.letras.up.pt/ftopa/Livros_Pdf/GM-I.pdf



Volume I, Tomo II: Introdução; Recensio (2.ª parte)

http://web.letras.up.pt/ftopa/Livros_Pdf/GM-II.pdf



Volume II: Edição dos Sonetos

http://web.letras.up.pt/ftopa/Livros_Pdf/GM-III.pdf



Volume II: Edição dos Sonetos; Apenso - Sonetos excluídos

http://web.letras.up.pt/ftopa/Livros_Pdf/GM-IV.pdf



Têm ainda interesse os artigos publicados pelo mesmo Professor, que podem ser encontrados aqui e aqui.



ÍNDICE DAS POESIAS DE GREGÓRIO DE MATOS NA INTERNET




ALTERNATIVA

I - O Burgo

II - Os Homens Bons

Pessoas muito principais

Pessoas Beneméritas

Os Homens de Bem

A nossa Sé da Bahia

Espada e Espadilha

Juízes de Igaraçu

Santos Unhates

A Musa Praguejadora



III - A Cidade e seus Pícaros

Ângela

Os seus doces empregos

Pança farta e pé dormente

Maria

Os seus doces empregos - Custódia

Letrados

Os seus doces empregos - Bárbora ou Babu

Os seus doces empregos - Antônia

Os seus doces empregos - Briga, Briga

Os seus doces empregos - Teresa

Os seus doces empregos - Maria João

Os seus doces empregos - Adãos de Massapê

Os seus doces empregos - A Freira: ralo, roda e grade

Os seus doces empregos - Opúsculo de Pedro Alz. da Neyva

Brites

Betica

Alguns passos discretos e tristes

Mariana, apelidada a Rola

Joana

Andanças de uma viola de cabaça

Catona

Beleta

Os seus doces empregos - Anica

Os seus doces empregos - O engenho está pejado

Os seus doces empregos - Inácia, Apolônia e Mariana

Os seus doces empregos - Mariquita

Os seus doces empregos - Eu me vou por este mundo



IV - Armazém de pena e dor

Angola

Pernambuco

Portugal



V - O coronista reçusitado




I - O Burgo



II - Os Homens Bons

Pessoas muito principais

Pessoas Beneméritas

Os Homens de Bem

A nossa Sé da Bahia

Espada e Espadilha

Juízes de Igaraçu

Santos Unhates

A Musa Praguejadora



III - A Cidade e seus Pícaros

Ângela

Cota

Pança farta e pé dormente

Maria

Custódia

Letrados

Bárbora ou Babu

Antônia

Briga, Briga

Teresa

Maria João

Adãos de Massapê

A Freira: ralo, roda e grade

Opúsculo de Pedro Alz. da Neyva

Brites

Betica

Alguns passos discretos e tristes

Mariana, apelidada a rola

Joana

Andanças de uma viola de cabaça

Catona

Beleta

Anica

O engenho está pejado

Inácia, Apolônia e Mariana

Mariquita

Eu me vou por este mundo



IV - Armazém de pena e dor

Angola

Pernambuco

Portugal



V - O coronista reçusitado

A vida do Estudante em Coimbra





Mancebo sem dinheiro, bom barrete,

Medíocre vestido, bom sapato

Meias velhas, calção de esfola-gato,

Cabelo bem penteado, bom topete;



Presumir de dançar, cantar falsete,

Jogo de fidalguia bom barato,

Tirar falsídia ao moço do seu trato,

Furtar à ama a carne que promete;



A putinha aldeã achada em feira,

Eterno murmurar de alheias famas,

Soneto infame, sátira elegante;



Cartinhas de trocado para a Freira,

Comer boi, ser Quixote com as damas,

Pouco estudo: isto é ser estudante.


















Adeus, Coimbra inimiga



Adeus, Coimbra inimiga

Dos mais honrados madrasta

Que eu me vou para outras terras

Onde viva mais à larga!



Adeus, prolixas escolas,

Com reitor, meirinho e guarda,

Lentes, bedéis, secretários,

Que tudo, sommado, é nada!
 
Segundo o Prof. Francisco Topa, da Fac. de Letras do Porto, o poema em causa "Quando o livrinho perdestes" aparece em 15 manuscritos principais. Ver http://web.letras.up.pt/ftopa/Livros_Pdf/GM-II.pdf pag. 158, n.º 83, donde se conclui que era poema bastante divulgado já durante a sua vida ou pouco depois.
Arlindo Correia
 
Caríssimo, a parte do MOTE nem sempre é de composição do próprio autor: muitas vezes são versos populares que rodam o mundo e são glosados, ou seja, tomados como ponto de partidas para uma nova composição... Não creio que Gregório tenha criado aqueles versos. Motes populares são comuns em toda a literatura em língua portuguesa (olhe, p.ex., a lírica de Camões, repleta de exemplos semelhantes). Penso que estes eram versos que circulavam, que as pessoas conheciam de cabeça e cantarolavam por aí: Gregório os ouviu (percebe-se que são algo distintos os versos que GM glosa e os que estão inscritos na pedra) ou então alguém propôs-lhe que glosasse aqueles versos, o que também era prática comum (veja, p.ex., o outro poema em que GM glosa o verso "bêbado está Santo Antônio": atente para o título, que contextualiza a criação da obra).
 
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