29 de abril de 2008

 

O quadrado 118











Recebi três pedidos de esclarecimento sobre o que é que afinal é o quadrado 118.

O quadrado 118 foi um dos que foi escavado durante as várias campanhas arqueológicas que tiveram lugar no castelo de Castelo Branco, superiormente orientadas pelo Dr. João Ribeiro. Já não víamos o Sr. Dr. João Ribeiro vai para alguns anos. Tivemos agora, durante o congresso internacional no Museu, ocasião de o voltar a ver e escutar. O nosso caro Dr. João Ribeiro está fisicamente na mesma. Os anos não passaram por ele. Ficamos foi algo surpreendidos quando constatámos que o discurso que ele tinha nos anos oitenta é hoje o mesmo. Que se terá passado? A arqueologia evoluiu e muito. Ou não terá sido assim? Para enquadramento retiramos da revista “Informação Arqueológica”, nº 5, editada em 1985 pelo então Instituto Português do Património Cultural, respigamos da página 64 esta imagem.

Quem é que quer descobrir o quadrado 118? Assinale com uma cruz, envie para o Blog que nós damos um prémio.



É um quadrado diferente dos outros. Foi um quadrado que chegou aos 17 (dezassete) metros de profundidade sem estratigrafia como o Dr. Ribeiro fez questão de lembrar aos presentes no Congresso. O 118 foi a sensação do evento. Sem dúvida. Porque não classificá-lo como monumento.

Sabemos que há jovens que ainda hoje têm pesadelos só de se lembrarem da descida do quadrado 118. Aquilo era o cabo dos trabalhos…arqueológicos.

Para os desatentos e mais bondosos, na região houve uma geração Tejo e uma geração monte de S. Martinho. Nunca houve uma geração do 118.

Quanto aos resultados obtidos nas escavações do adro da Igreja de Santa Maria do Castelo muito pouco se escreveu. Foi e é pena. Mas nem tudo é mau. Sabemos que os materiais das escavações estão a ser objecto de um estudo completo que os vão tirar do limbo cientifico. O autor é um aluno da nossa Amiga Professora Drª. Rosa Varela Gomes. Ficamos a aguardar o resultado.

Entretanto reproduzimos uma página da obra “Os jardins do Paço Episcopal de Castelo Branco», de autoria de João Ribeiro e de Leonel Azevedo, obra editada pela Câmara Municipal de Castelo Branco, em 2001 que resume algumas das conclusões cerâmológicas das campanhas de escavações levadas a cabo na área do 118.

Para os mais curiosos, nos nossos dias, o quadrado 118 está cheio de terra. OÓOOOÓOOH Mas o mistério continua. AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH!

Foi feito para o quê e por quem? Talvez a licenciada em arqueologia, a nossa conhecida cara Drª. Silvía Moreira, da Câmara da minha cidade, queira dar aqui uma mãozinha na resolução deste assunto. Talvez isto dê alguma coisinha mais. Quiçá, quiçá, quiçá.

E um final no118.

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28 de abril de 2008

 

Os resultados do 118 - II



Caro leitor, saudações.

Folgo muito em que tenha consultado a nossa página e lhe tenha despertado interesse a minha notícia.

Como deve compreender, é de todo impossível acompanhar um congresso destes, ao longo de dois dias. E como fazemos habitualmente com outros congressos, seleccionamos um tema e é esse que acompanhamos.

Como também deve ter reparado, uma vez que suponho que tenha acompanhado a iniciativa de fio a pavio, a sessão de encerramento, onde se suponha que fossem apresentadas algumas conclusões, acabou por não se realizar.

Quanto à selecção do tema é sempre subjectiva a sua escolha. Neste caso, o que preponderou foi o facto de os resultados das escavações do castelo, ao fim de 30 anos, nunca terem sido apresentadas ao público. Foram-no desta vez. E é disso que damos nota. Se para o caro leitor isso não passa de uma imbecilidade, isso já é uma mera opinião.

Gratos pela atenção dispensada

Cristina Mota Saraiva

Da Srª. Jornalista do periódico albicastrense RECONQUISTA, Cristina Mota Saraiva acabamos de receber este comentário. Concordamos em parte com o exposto. Realmente é impossível jornalisticamente falando acompanhar os trabalhos de um congresso (nem os dos partidos) durante dois longos dias. Ainda por cima quando os organizadores resolveram não apresentar quaisquer conclusões e puseram-se a assinar um protocolo entre o Instituto Politécnico de Tomar e o Museu de Castelo Branco. Tomar? Perguntarão? Sim. As dias instituições vão, então, cooperar. Mas, atenção, há uma certeza na História da nossa arqueologia: O arqueólogo Tavares Proença esteve em Leiria, em Porto de Mós, no Minho etc, etc. Agora em Tomar não! Já não é mau. Por outro lado a temática da conferência de encerramento também não interessou lá muito. Ainda por cima não estava lá ninguém da Câmara O Morão já tinha estado na abertura (prometeu defender sempre o Património esperemos que se estivesses a referir ao antigo e ao colectivo) e se fez representar por ninguém no encerramento. De maneira que a matéria jornalística ficou resumida a pouco. Vai daí e por se conhecer o Dr. João Ribeiro, ‘inventa-se ‘ que os resultados das tão evocadas e célebres escavações dos oitenta no Castelo de Castelo Branco nunca tinham sido apresentadas ao público. Quem enganou quem é a pergunta? Pois a verdade é que já tinham sido apresentadas sim, e em mais do que uma ocasião. Oralmente e por …escrito. (Com fotos a cores de cerâmicas islâmicas e tudo!) Há até uma relativamente recente edição de luxo da Câmara Municipal de Castelo Branco onde o Dr. João Ribeiro conjuntamente com outro investigador e a propósito do Jardim do Paço, apresentam os resultados das escavações castelãs. Vale a pena ler o texto para dar constância em que «estórias« é que assenta o saber de certos «estoriadores». A esta hora não sabemos bem porquê mas as nossas cabeças curvam-se perante a memória do Padre Anacleto Martins que sabia muito sobre o Castelo da nossa cidade e nunca fez …escavações nem sabia de cerâmicas, alfinetes, moedas etc, etc e não sofria da síndroma do quadrado 118.

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Os resultados do 118

Diversos especialistas abordaram inúmeros temas de interesse sobre a arqueologia regional e nacional. O Congresso Internacional que decorreu no Museu Francisco Tavares Proença Júnior cumpriu a profecia do próprio, que disse que um dia os sábios deste país se juntariam na cidade albicastrense.

Os ‘sábios do país’, e não só, reuniram-se na cidade albicastrense, para debater os "Cem anos de investigação arqueológica no Interior Centro". Um congresso internacional que decorreu entre 17 e 19 de Abril.

Continue a ler esta pérola do jornalismo cultural albicastrense

Por esta reportagem do Congresso Internacional de Arqueologia, propomos o prémio "Tecla 3" para a sua autora a nossa conhecida Cristina Mota Saraiva.

Pobre Congresso.... resultados do 118!!!!

Assim a nossa imprensa regional maltrata o Museu, O Congresso, A Sociedade dos Amigos, os congressistas e se maltrata a ela própria.

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22 de abril de 2008

 

Patrimónios lidos



Para ser ‘anexado’ ao processo das obras e acompanhamentos do Largo de S. João de Castelo Branco, publicamos um texto do nosso camarada e Amigo Pedro Salvado, saído no último número do periódico albicastrense “Gazeta do Interior”.

É apenas uma opinião. Que venham muitas mais e que não se a coisa não vá para estéreis ataques pessoais ou desvios do verdadeiro assunto.

Temos evitado alimentar essa cobarde estratégia. Estratégia que se resume ao seguinte. Fala-se ou aponta-se uma questão gravosa para o património, imediatamente há uns ou umas quantas (anónimas qb) que inundam os blogs com comentários contra o poder politico instituído, nomeadamente a obras de rotundas e de jardins de pedra e variantes, e Praça Polis levadas a cabo no mando construtiva do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Sr. Joaquim Morão, personalidade politica local meu velho conhecido, que tive ocasião de cumprimentar na minha cidade, no Congresso de Arqueologia no Museu Tavares Proença, na semana passada. Mais uns comentários, alguns com uns palavrões e tudo, e pronto a coisa é logo vista e transformada num ataque partidário. É um jogo de gente que sabe que nós sabemos que eles e elas não sabem nada de NADA! Os verdadeiros responsáveis pela situação, os incompetentes e as incompetentes que controlam estes assuntos assobiam para o lado ou ficam escondidos na penumbra armando-se em coitadinhos para os respectivos chefes. E em perseguidos e alvos políticos Não queriam mais nada meus caros e caros. A questão não é partidária , a questão é de saberes e de competências científicas, técnicas e porque não éticas… profissionais, profissionais. Apenas isso pois quanto ao resto…

A cidade escondida

A identificação de uma estrutura no subsolo do Largo de S. João, elemento do tecido urbano histórico de Castelo Branco, não pode constituir uma surpresa para ninguém. A materialidade contemporânea da nossa cidade inscreve-se num enraizamento temporalmente profundo, resultado de continuadas e sucessivas transformações, alargamentos e alterações do seu primevo modelado, das suas topografias domésticas, do seu locus genético, das suas expansivas ou regressivas fronteiras. A cidade, memória longa, é feita de muitas imagens e matérias conjugando-se e afirmando-se numa pluralidade estratigráfica variável. Conjunto em equilíbrio e em negociação constante, os múltiplos lugares de memória de uma cidade ocultam-se, envelhecem, esquecem-se.

. O Largo de S. João foi, durante séculos, um dos espaços situados fora das muralhas medievais de sociabilidade mais intensa e sentida. Aí convergia o caminho que conduzia a uma das entradas da então vila para quem vinha do norte e se situava um conjunto de equipamentos determinantes para o fruir do quotidiano económico, social e vivencial da comunidade. O Largo de S. João foi um palco privilegiado de conjugação das componentes do sagrado e do profano que ritmavam o calendário dos gestos das gentes. Sítio de angústias e de esperanças, de crenças e de folias, de ódios e de iconoclastias temporais e espirituais, de ligação entre os domínios públicos e os privados, em S. João localizavam-se, por exemplo, e entre outros, o açougue da Câmara até ao século XIX ou as primeiras sedes do Centro Artístico Albicastrense e do Grémio dos Artistas.

A memória religiosa histórica do largo é ainda hoje afirmada pela presença de um magnífico cruzeiro gótico, monumento nacional desde 1910. A sua qualidade artística continua a causar «estranheza» para alguns, como se a interioridade geográfica fosse, então, traduzida por atraso estilístico. «Estranhezas» de outra natureza haveriam, em 1912, de destruir a humilde capela mandada edificar, em 1715, por iniciativa de D. João de Mendonça, sobrepondo-se a outra que aí existia desde o século de quinhentos. Mas datava já de 1835 a intenção, por parte do poder municipal, de desmantelar o pequeno templo. A dessacralização do largo cumpriu-se, o templo desapareceu e o cruzeiro patrimonializou-se. A fotografia ajudou a construir a memória e a nostalgia. As festas populares perderam o patrono santo, e passaram a ser intituladas “Festas da cidade”. O projecto de 1835 queria estabelecer no local um necessário mercado diário, e em 1912 a ideia foi fazer no largo um jardim, um novo espaço de fruição cívica na cidade. Já na década de oitenta do século XX o largo foi adaptado a parque de estacionamento salvaguardando-se, nestas alterações, os curtos domínios da área do monumento.

Ao abrigo de um projecto de que visa melhorar a qualidade de vida dos habitantes do bairro, o subsolo do Largo foi revolvido e esventrado, para aí ser construído um parque de estacionamento subterrâneo. O Largo de S. João é um «lugar de memória», para utilizarmos uma classificação cara a Pierre Nora, dos mais significativos da cidade. Ora, qualquer lugar de memória assume sempre uma dimensão material e identificável, uma dimensão funcional e uma saliente dimensão simbólica ao reunir passado-presente e futuro. È o caso do Largo de S. João avivado com a “descoberta” desta estrutura associada à circulação hídrica domesticada. Com efeito, nesta área da cidade identificam-se algumas das componentes arquitectónicas mais antigas e originais do que foi a História da utilização e da gestão dos aquíferos locais. Com a construção de poços, de aquedutos, de minas e de sistemas de circulação e de distribuição minimizavam-se as agudas realidades provocadas pelos regimes pluviométrico desta região do interior peninsular caracterizado, quantas vezes, por anos de grande seca. A escassez de água constituiu um problema estrutural da cidade, determinante da sua evolução e crescimento em vários períodos da sua História.

Em S. João há constância documental da existência de vários poços, como um que era propriedade da Mitra, datado de 1772. Perto, situava-se o Poço do Concelho, utilizado até bem entrado o século XX. Os potentes dentes da retro escavadora deverão ter destruído parte da abóbada de uma mina construída em alvenaria e em falsa cúpula, possivelmente datada da segunda metade do século XVIII, deste complexo sistema que percorre o subsolo da cidade. Talvez seja a esta mina que uma escritura datada de 3 de Julho de 1820, publicada pela investigadora Adelaide Salvado, faz referência. Na ocasião, o último Bispo de Castelo Branco avisa uns cidadãos que queriam construir uma casa no Largo de S. João “arrimada” ao muro da quinta do Paço Episcopal que: «E porque a mina que conduz agoa do Poço ao Arco (...) terá este e seus herdeiros obrigados a construir a franquia de qualquer reparo ou concerto ou exame que pelo tempo adiante se faça necessário na dita mina ou aqueducto(...)».

A estrutura de interessa arqueológico, a dois metros de profundidade, agora colocada à vista coloca-nos um alargado conjunto de interrogações. Como é que foi possível a destruição de parte da mesma pelas potentes máquinas ao serviço da empreitada municipal? Ao que sabemos, a aérea tinha sido objecto de pouco profundas escavações arqueológicas, não se tendo encontrada nada de significativo. Da capela setecentista, nem um simples caco ou pedra. Estaremos perante uma curiosa e radical realidade histórica: o apagamento total de todas as matérias que formavam o primitivo monumento cristão? E já agora, quem é que atribui o grau de significância ou de insignificância às realidades arqueológicas entretanto detectadas? É que, neste caso, havia documentação de todo o tipo que poderia ter possibilitado uma outra abordagem ao plano de investigação arqueológica do sítio. Relembremos, apenas, a medição dos bens do concelho de 1818, transcrita no magnífico álbum auto-intitulado de histórico “O Programa Polis em Castelo Branco”, editado em 2003. Aliás, o projecto da transformação do subsolo em parque de estacionamento subterrâneo vem aí anunciado e desenhado.

Tal como a máquina não é o seu instrumento, a arqueologia urbana não descobre coisas. Ela sim, prevê, questiona, conjuga saberes e tempos, evita situações gravosas para o património cultural colectivo, defende e ilumina identidades. Foi gratificante constatar que o ‘achado’ provocou o interesse dos albicastrenses sobre quais serão ainda os ‘segredos’ que o subsolo da cidade ainda guardará. E esta desocultação do património arquitectónico tradicional que esperemos que seja devidamente estudado e musealizado, também fez ressurgir as nossas íntimas e sentidas recordações de infância. Regressaram à memória os tempos dos dias claros de ares lavados que cheiravam a laranjeiras e a alecrim, as brincadeiras nas ruas e nos largos, as histórias de misteriosos subterrâneos, contadas pelas nossas avós que nos faziam vibrar e nos envolviam no sonho e na aventura. Esta terá sido talvez a grande descoberta-lição do Largo de S. João: a recordação do nosso imaginário colectivo.

Escreve Francisco José Viegas: «Não há nada mais frágil para a vida de uma cidade, de qualquer cidade que o confronto com o seu passado. Quando uma cidade sobrevive porque é necessário conservá-la, custe o que custar, é porque se perdeu parte importante da sua memória (…).» Em 1912, a destruição da capela foi considerada como «um melhoramento que beneficiará a cidade, aformoseando-se um dos seus melhores largos».

Apesar de pouco formoso, a “mina-aqueduto” pode conviver com o necessário parque de estacionamento? Pode sim. Afinal quantos é que existem visíveis na progressiva cidade contemporânea?

Pedro Miguel Salvado

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21 de abril de 2008

 

Largo de S. João (Castelo Branco)


















Na casa que faz esquina para o Largo de S. João nasci eu e meu irmão Zé Tó, numa altura em que ainda não era comum o nascimento em maternidade. Felizmente estamos bem e no Largo da Sé nasceram depois o Nelo e a Fátinha. Infelizmente só a Fatinha reside em Castelo Branco embora trabalhe noutra localidade.

Só peço um pouco de respeito pelo sítio onde nasci e vivi ainda alguns anos. O Largo de S. João faz parte da minha vivencia enquanto jovem e jovem adulto a aí perto decorreram alguns dos episódios mais felizes da minha vida. Do Largo vem-me à lembrança os circos as árvores a liberdade de correr enquanto menino sem ter carros a chatear nem de haver gente ameaçadora. Lembro-me de alguns vizinhos (Lurdes, do sapateiro Ideias, do Noco dos jornais) da Zefa dos tremoços, da minha mãe a tirar àgua para lavar a casa no poço do Concelho, do meu gato Tareco, que sempre voltou ao Largo de S. João mesmo quando mudamos de casa, quando desaparecia já sabiamos onde o procurar. Havia outro poço no Largo, encostado ao muro do sapateiro Ideias que foi depois aterrado (ainda não deram com ele nestas obras) que presumo que seja o poço da Mitra.

Desculpem os devaneios, mas custa-me muito em tão pouco tempo, terem dado cabo dos lugares onde nasci, cresci e fui feliz, como eram o Parque da cidade, o jardim da Sé e agora este Largo.

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O colherim albicastrense

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16 de abril de 2008

 

Largo de S. João (Castelo Branco)

ESTE É O MEU GRITO DE INDIGNAÇÃO, SINCERO E SENTIDO.
Afinal, contra todas as vontades instaladas lá apareceu um impecilho para atrasar as obras de mais um parque subterrâneo na urbe albicastrense. Mas esta "coisa" só apareceu quando foi manifestamente impossível esconder a sua existência. Ou será que a obra era acompanhada, ou foi acompanhada por arqueólogos? Se foi, desde já a minha estranheza por não ter sido detectada a vala escavada na rocha desde a superfície até chegar ao aqueduto subterrâneo. Ou terá sido acompanhada virtualmente, como me parece que o foram quase todas as obras que têm sido feitas no concelho de Castelo Branco. Põe-se a pergunta, melhor é um imperativo moral, pedir responsabilidades a quem? Aos arqueologos á Câmara (dentro da mesma a quem) ao ex-IPPAR, ao ex-IPA?

Mais uma vez a culpa vai ser dos vestígios históricos que teimam em aparecer e que cada vez mais é dificil de os esconder.

Como Albicastrense (embora cá não resida já há muitos anos, sou mais um da diáspora albicastrense) não posso deixar de me indignar perante as continuadas tentativas de branqueamento da história de Castelo Branco, feita por gente de fora, que só sabe fazer obra de betão e substituir a toda a pressa jardins por granito polido. Estranho os habitantes de Castelo Branco por assistirem impávios e serenos à progressiva destruição do seu passado histórico e à descaracterização da sua cidade, trocando-a por uma modernice bacoca e sem alma.

Sei que me vão chamar nomes, aliás as ameaças telefónicas anónimas começaram já ontem à noite ainda antes de escrever esta peça. Aliás esssa chamada foi o destapar da tampa da panela. Como Albicastrense de gema, e em Castelo Branco não haverá muitos, indigno-me contra esta política cultural que só destrói o passado e as coisas com que os albicastrenses se têm identificado ao longo dos anos. Meu falecido pai, morreu desgostoso com o que esta Câmara foi fazendo com a cidade, onde progressivamente foram deturpando todos os lugares da sua , e minha, infância e juventude, substituídos por protótipos de falsa modernidade que mais não são que uma tentativa da perpétuação do nome de uma pessoa. Mas essa pessoa vai ficar na história só por ter destruído e descaracterizado a cidade dos Albicastrenses. Pudera são todos forasteiros......

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15 de abril de 2008

 

Covilhã - Dia do Património

A cidade da Covilhã vai comemorar O DIA DO PATRIMÓNIO com uma mostra de arte e de Cultura, no próximo dia 19 de Abril, Sábado

Elisa Pinheiro, Manuel Marcelo, Paulo Costa, João Parente, Nelson Correia Borges, Nuno Teotónio Pereira, Maria José Ferro Tavares, Salomé Carvalho, Eugénio Cunha Sério e Joana Pereira são alguns dos comunicantes que vão discorrer no Cine Teatro da Covilhã, a partir das 10 horas, sobre as diversas facetas do património. Exposições sobre preservação e conservação; outras exposições de arte e de manuscritos e visitas guiadas completam a jornada. Abrangente a iniciativa pretende também «assinalar a valorização e a preservação das raízes históricas covilhanenses, através se acções de promoção do património histórico da Cidade». Infelizmente na minha cidade Castelo Branco..rien de rien. Deve ter ficado tudo farto com as comemorações do centenário de Oscar Niemeyer. Diz quem esteve que afinal o ministro da cultura não veio. Mas estava tudo bem arranjadinho e o almocinho estava muito bonzinho. (Aqui há um arroto de saúde gastronómica). Houve muitos discursos e palavras de louvor e muita gente percebeu que o arquitecto é brasileiro e não tem nada a ver com o Polis. O senhor é muito rijo e também não veio a Castelo Branco mas agradece terem-se lembrado dele nesta ilha de fãs beirões. Enfim.

Quanto à Covilhã, infelizmente, não vou poder estar mas desde já os meus parabéns à organização. Força serranos!

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Congresso a caminho


Já estamos em contagem decrescente para o congresso de……. Já estou em pulgas para rever velhos companheiros e camaradas de trabalho. Isto é que vai ser pôr a conversa em dia. Também uma palavra para os nossos mestres que por lá também vão aparecer.

Bom, como estarão recordados sempre expressei a minha indignação sobre a forma de “recrutamento” dos senhores comunicantes. Não percebi bem o critério. Desde logo há excepções. Há não licenciados a comunicar...Outros e outras foram…esquecidos: Exemplos? Olhem a Pilar Reis ou a Adalgisa, a Ana Sá, entre outras damas. Mas enfim as coisas são assim. Também e considerando que faltam 2 dias para o evento estranho ainda não ter recebido o programa definitivo. É que como paguei 50 (cinquenta euros) pensava que ou não será assim?

Desde logo, uma certeza:

TAVARES PROENÇA JÚNIOR E

A ARQUELOGIA DO DISTRICTO MERECEM MUITO MAIS E MELHOR

logo, que venham mais congressos, encontros e mesas-redondas.

4 Notas

1- Porque é que muita gente da “Plataforma” técnica cientifica não foi convidada a participar?

2- O Prof. Almagro vem cá precisamente a assinar o quê?

3- Tenho muita pena de já não beber vinho. Em Mação sempre houve um branco de estalo, segundo me disseram ao ouvido. Estão de parabéns os Amigos do Museu por organizarem estes momentos de grande comunhão e confraternização de turismo cultural onde se vão descobrindo os sabores das terras enquanto se contempla o seu património.

4- Qual foi a ideia de escolherem um inscrição funerária (o penedo da Capinha) para imagem de marca do evento? Se calhar é por alguém da organização pensar que arqueologia tratar de…Ai, ai.

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Peru pede a devolução de milhares de peças antigas

Universidade de Yale tem mais de 40 mil artefactos de Machu Picchu "emprestados"

Portugal possui também muitas peças de outros países, mas o contrário também se regista.

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14 de abril de 2008

 

Largo de S. João.

Afinal sempre se trata de um túnel, muito antigo, pois não há memória do mesmo. Poderá estar relacionado com o poço do concelho que se situa a poucas dezenas de metros. Eu nasci a escassos metros deste achado e nunca me lembro de alguém falar disto. A minha mãe também nunca ouviu falar. Tuneis aqui perto, só o mito urbano do Jardim do Paço. Ou não será assim tanto mito?. A foto é do meu Amigo Verissimo Bispo do Blog Albicastrense. Um bom serviço à comunidade Veríssimo, ao contrário de quem deveria servir a mesma, mas que só tenta por todos os meios desvirtuar a cidade de Castelo Branco, arrazando com as máquinas a sua memória. Pois é, os Albicastrenses andam a dormir. Infelizmente...

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11 de abril de 2008

 

Aparecem vestígios no Largo de S. João em Castelo Branco

Desta vez não se trata da mentirinha do 1º de Abril. Fui alertado anonimamente que teria aparecido uma estrutura nas obras que estão em curso no Largo de S. João. Contactei com pessoas Amigas em Castelo Branco que me referiram o aparecimento de um túnel ou de um subterrâneo nas costas do cruzeiro. Espero a todo o momento mais informações.

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A policia espanhola não brinca em serviço

A policia espanhola não brinca em serviço, mesmo quando se trata de atentados ao património arqueológico. Para ler e meditar

O que por cá faz a GNR com os portadores de detectores? FECHA OS OLHOS E SE POSSÍVEL TOMA OUTRO RUMO.

Este país está entregue à "Bicharada".

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10 de abril de 2008

 

Antigo Museu vandalizado em Idanha-a-Velha


Ontem de manhã, quando me dirigia ao meu local de trabalho, reparei em algo fora do comum no velho "Museu Lapidar Egeditano". A sua porta estava aberta, coisa que não acontecia há muitos anos. Infelizmente essa abertura não se deveu a acto cultural ou social, mas, infelizmente, a uma intromissão "fora de lei". Pois é, a ladroagem ataca e ao vandalizarem a porta deste imóvel vinham à procura das "moedinhas" e de outros valores da velha Egitânea. Parece que nada levaram, pois nada lá havia. Na noite anterior foi também registada actividade de marginais no Bairro do Cabeço, mas aí puseram-se em fuga ao serem descobertos.
A esta situação se chega pelo fraco policiamento, especialmente de noite, desta zona. Os postos da GNR em volta de Idanha-a-Velha um a um foram todos encerrados e pelos vistos a população está entregue à "bicharada", mas se calhar só até um dia, pois há-de aparecer algum "filho de uma velha" sem paciência para aturar gatunos e que faça justiça pelas próprias mãos. Da actual situação até à exposta vai um passo. Depois venham-se a queixar. Será demasiado tarde.

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9 de abril de 2008

 

Mais uma argolada do "Quem quer ser milionário"

Por vezes sou espectador atento do concurso da RTP Quem quer ser milionário, apresentado diariamente por Jorge Gabriel. Ontem foi o caso. E foi uma argolada valente. Perguntavam: Castelo Branco é a capital de distrito, e davam como respostas: Beira Baixa, Beira Alta, Alentejo e Minho.
Pois é quem fez esta pergunta meteu os pés pelas mãos, pois a Beira Baixa não é nenhum distrito, nem sequer corresponde a nenhum distrito. A resposta seria Distrito de Castelo Branco. Não entendeu assim o "fazedor" das perguntas e a resposta correcta que o programa queria era Beira Baixa. Enfim com uma questão tão simples como se misturaram alhos com bogalhos. Acho que se deveria ter mais cuidado na confecção das perguntas e na obtenção das respostas. No nosso entender a pergunta sera: Castelo Branco foi capital de que província?

Ai essa cultura geral...

A propósito o concorrente (fraquinho) respondeu Beira Alta, para cumulo. Que falta faz o meu querido professor da 4ª classe... Melhor não que se deixe estar no Céu, pois se cá voltasse e visse ao que chegou o ensino neste país, voltava a morrer.

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7 de abril de 2008

 

Libertem Ingrid Bettencourt

Já não é a primeira vez que efectuamos este pedido. Sejamos humanos.

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3 de abril de 2008

 

Sarzedas com monografia

A vetusta vila das Sarzedas vai contar com um novo pergaminho histórico: a monografia da sua História. O trabalho é de autoria de um dos mais reputados Professores da Faculdade de Letras da academia coimbrã, o beirão Professor Doutor João Marinho dos Santos.

A edição é da Palimage e será apresentada por outro grande Professor de Coimbra o Professor Doutor João Lourenço Roque. A propósito ambos estes investigadores produziram um fantástico trabalho historiográfico sobre a posição da Diocese de Castelo Branco durante o Liberalismo, tantas vezes rapinado e plagiado por alguns, principalmente, aqueles que se dedicam a “estoriografias” e filosofias de jardinagem e de obras públicas… O livro contou com o apoio da Câmara Municipal de Castelo Branco que, deste modo, continua e bem a apoiar as obras de verdadeira História Local.

O lançamento realiza-se na Junta de Freguesia de Sarzedas, no próximo dia 5 de Abril, pelas 17 horas.

Meu avô materno (António Diogo dos Santos) era natural de Sarzedas, sendo por isso, este lançamento, mais um motivo de alegria para mim

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1 de abril de 2008

 

Entrevista a Aida Rechena


Entrevista a Aida Rechena, directora do Museu de Francisco Tavares de Proença Júnior, pelo Diário das Beiras. A ler aquí.

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Castelo Branco. Largo de S. João. Grandes achados

(Post comemorativo do dia 1 de Abril)

Na sequência do acompanhamento arqueológico que se está a realizar nas obras de mais um parque de estacionamento subterrâneo, desta vez no Largo de S. João, na cidade de Castelo Branco, vimos em primeira mão dar conta de importantes achados arqueológicos aparecidos às primeiras horas deste dia. Os pormenores seram revelados pelos responsáveis científicos assim que possível.

Afinal sempre havia algo......

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