22 de julho de 2008

 

Descobridores 2


Da investigação que estamos a realizar sobre o Castelo de Castelo Branco demos com este esquecido, claro, artigo de título “Castelo de Castelo Branco. Escavações de emergência revelam passado urbano albicastrense” publicado na já extinta revista Raia, número 25, que tinha por director o nosso companheiro raiano Pedro Rego da Silva. (Pedro à «tua» revista dedicarei em breve um post longo.) O artigo, de Ramos Esteves, noticia as escavações de emergência que aí tiveram lugar, oficialmente, orientadas pela nossa velha conhecida Drª Sílvia Moreira mas que contou com umas quantas ajudas.

A dado momento, no artigo, adivinhem lá quem é que disse: « acreditamos que a arqueologia do castelo de Castelo Branco terá ainda muitas coisas para mostrara e certamente nos reserva gratas surpresas nas investigações futuras. A zona histórica pode e deve torna-se num grande laboratório de história urbana, e nesta linha, a arqueologia não é mais do que um conjunto de processos para se reconhecer o passado. E mesmo se esse passado fosse de ontem, já seria objecto de investigação arqueológica. Mas nos domínios das fontes seguras ainda se sabe muito pouco. Repare encontrámos vários objectos de ferro como pregos, argolas, balanças. Serão produções locais’ Onde é que situariam os fornos? E as cerâmicas? Houve em Castelo branco uma rua e um Bairro dos Oleiros? E o que é que sabemos hoje desses quotidianos? Muito pouco ou quase nada. Por isso dizemos que a arqueologia desenterrará a memória. (…) a comummente chamada zona histórica de Castelo Branco tem sido alvo de destruições sistemáticas e de descaracterizações sucessivas. Esta realidade está atenuada, vontade da actual autarquia. O diagnóstico está feito mas os efeitos paliativos tardam. E ao nível da investigação histórica a mesma terá que resultar duma equipa transdisciplinar conjugando a escavação com a pesquisa do arquivo. As fontes materiais por si não reconstituem os quotidianos históricos na sua total dimensão.»

Pois é meu caro Amigo, já diz o outro - Isto de ter razão antes do tempo é muito complicado…O artigo tem data de Setembro de 2000!

Valerá a pena comparar as mensagens que o castelo produziu nestes últimos oito anos junto dos poderes, da Câmara ao antigo IPPAR. Não admitindo pessoalismos ( a minha cara amiga – a tal- que me desculpe) , não percebemos é como é que estas ideias e projectos foram completamente abandonados. Terá sido pela vertigem obrística? Como se sabe, a cidade AlbiPolis ficou, ao nível de arqueológico, completamente estéril! Fantástico! Os antigos albicastrenses, pelo sabido, só abandonaram pregos no Castelo e no adro detrás da Sé. Pregos santos, pregos santos. Que santinhos!

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